Desenvolvimento sustentável das cidades deve avançar
apesar da crise
por lusa, publicado por Ana Pombo
A concentração da população nas cidades exige
novas soluções tecnológicas e arquitetónicas para um desenvolvimento
sustentável na energia, água ou mobilidade, trabalho que deve avançar apesar das
dificuldades da crise, defendeu hoje um especialista.
"A crise económica vem gerar um problema imediato, que não
deve impedir-nos de trabalhar no que é igualmente importante, embora de mais
longo prazo", ou seja, o desenvolvimento sustentável e inteligente das
cidades, afirmou hoje o presidente do presidente do Foro Soria 21, Amálio de
Marichalar.
Para o responsável pelo Fórum
Mundial, que decorreu em Lisboa em 2011 e vai repetir-se no Porto, a 16 e 17 de
abril, "uma crise desta natureza é uma grande oportunidade e é preciso
saber incorporar novas formas de emprego, inovação, talento, cultura e a
sustentabilidade como paradigma de desenvolvimento sustentável".
O encontro vai reunir
especialistas em várias áreas de Portugal, Espanha e outros países, como
Estados Unidos, para analisar novas propostas de modelos de cidades
sustentáveis, inteligentes e "amigas do cidadão", tendo em conta que
mais de metade da população mundial vive em grandes aglomerados urbanos.
A saúde no contexto das cidades,
principal preocupação dos habitantes e dos responsáveis autárquicos, estará
igualmente em destaque, relacionada com os focos de poluição e suas
consequências, a prevenção possível e os cuidados relativos à terceira idade.
Para os promotores do Fórum
Mundial, a educação, a cultura e o turismo são fatores essenciais de desenvolvimento
das cidades, mas sem esquecer o respeito pela paisagem.