terça-feira, 27 de setembro de 2011

Destaque de hoje neste blog 27/09/2011

Dia Mundial do Turismo

Governo volta a apelar ao turismo interno para reduzir défice externo

A aposta no turismo interno como contributo para a redução do défice externo foi reiterada hoje pelo Governo, nas pessoas do ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, e da secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, durante a cerimónia de entrega das medalhas de mérito turístico que ocorre tradicionalmente no Dia Mundial do Turismo.
O apelo foi feito durante os discursos dos dois governantes que se dirigiram muito aos alunos da Escola de Hotelaria de Lisboa, onde decorreu o evento.
Álvaro Santos Pereira sublinhou a importância do turismo e disse que apostar neste sector é "apostar no crescimento de Portugal, tornando-o mais dinâmico, mais exportador, mais desenvolvido e mais competitivo". Mas deixou claro que não bastava a Portugal saber receber e apelou à inovação e empreendedorismo, a ser mais competitivo e profissional como facto diferenciador.
"[Portugal] Não se pode acomodar, tem de continuar a ousar e a fazer mais", porque "uma boa imagem serve para cativar [os turistas] mas só uma boa experiência os fará regressar".
No discurso o ministro referiu ainda que conta com a acção do sector privado e apelou ao trabalho em conjunto em vez do "espírito de quintinhas".
Álvaro Santos Pereira lembrou ainda a aposta do governo no Turismo Residencial para atrair estrangeiros como forma também de dinamizar o sector imobiliário e voltou a referir a necessidade de reestruturar as entidades regionais de turismo.
Luís Patrão, presidente do Turismo de Portugal aproveitou a cerimónia de entrega das medalhas de mérito turístico para sublinhar o sucesso das Escolas de Turismo que este ano lectivo quase que duplicaram o número de inscrições para 3.269, em que 80% dos alunos que terminaram a sua formação profissional estarem empregados ou a prosseguir estudos e 60% encontraram emprego em menos de um mês.
No seu discurso o presidente do TP aproveitou a presença ministerial para lembrar o problema da capacidade de investimento do sector e deixou clara a necessidade de acesso ao crédito bancário, sem perder de vista as actuais limitações que a crise orçamental traz à capacidade de ajuda.
Luís Patrão sublinhou então três aspectos que entende como relevantes, designadamente a importância de as verbas do QREN que tenham como destinatárias as empresas turísticas darem a devida relevância aos prazos mais alargados de recuperação de investimento que essas empresas precisam; a utilidade que haveria em ter concursos a sistemas de incentivos com dotação e elegibilidade próprias para o Turismo, ao abrigo das regras do Pólo de Competitividade e Tecnologia Turismo 2015 e em terceiro lugar, alargar os prazos de reembolso das verbas concedidas ao abrigo de Quadros Comunitários anteriores e que agora colocam às empresas uma pressão de grande limitação de recurso ao sistema bancário.
No fundo o que Luís Patrão quis transmitir é que se ao Estado não cabe resolver os problemas de acesso ao crédito, pode dar-lhes alguma folga suplementar no reembolso das verbas anteriormente concedidas, o que não iria implicar novo dispêndio de recursos públicos por parte do estado, deixando essa ideia para a renegociação das verbas do QREN.
No Dia Mundial do Turismo foram distinguidas 15 personalidades, das quais cinco medalhas foram com o grau ouro e dez com o grau prata.

In: presstur.com

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Destaque de hoje neste blog 26/09/2011

AICEP, IAPMEI e Turismo de Portugal poderão convergir para uma única agência

26 Setembro 2011 | 11:30
Alexandra  Machado 

O Governo poderá agregar várias entidades numa só agência. Entre elas estão a AICEP, a IAPMEI e o Turismo de Portugal, de acordo com o estudo de diplomacia económica que está ser apresentado.
A AICEP, IAPMEI, Turismo de Portugal, DGAE, DGATE, GPEARI (excluindo gabinete de estudos) poderão evoluir a prazo para uma agência única de acordo com estudo diplomacia económica que está ser apresentado.

A diplomacia e segurança económicas devem ser inscritas pelo Conselho Superior de Informações nas prioridades do SIED e do SIS.
 

As propostas apontam para uma uniformização das redes externas aproveitando missões diplomáticas no mundo.
 

O estudo aponta também para um reforço do papel das embaixadas congregando redes diplomáticas, AICEP e Turismo de Portugal.
 

O relatório, que segundo
 Braga de Macedo, coordenador do estudo, tem 1.463 páginas, aponta cinco consensos e outros cenários que poderão ser escolhidos pelo Governo, mas a que os seis estudiosos não chegaram a consenso.

De acordo estão que o processo de diplomacia económica seja assumido pelo primeiro-ministro, mas abrangendo todo o Governo. Aliás, Braga de Macedo salientou, por várias vezes, que o relatório é um auxílio, mas as opções são políticas.
 

Além da coordenação macro feita pelo primeiro-ministro, há consenso sobre a necessidade de uniformizar as redes externas, sugerindo-se um reforço das embaixadas e a criação da figura de embaixador itinerante, para que a rede tenha uma maior abrangência.

Em todos os cenários se pressupõe a articulação do Aicep com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e com os privados. Também todos os cenários apontam para o reforço do IPAD (Instituto para o Apoio ao Desenvolvimento). No entanto, os cenários depois divergem sobre as competências de cada ministério, nomeadamente a integração do Aicep. O primeiro cenário é manter, do ponto de vista institucional, as instituições como as conhecemos, com pequenas alterações, mas que teria a vantagem de ser de fácil implementação, mas manteria a dificuldade na articulação do Iapmei com o Aicep.

O segundo cenário analisa uma situação em que o conselho de administração do Iapmei e Aicep se uniformizariam, com administrações cruzadas com o IPAD e Turismo de Portugal.
 

No terceiro cenário, a situação mudaria. O Aicep transitaria para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, excepto a gestão de fundos. Também a promoção de Portugal passaria para o ministério de
 Paulo Portas. Ou seja, é o cenário em que os Negócios Estrangeiros saem reforçados. E que a gestão de fundos de apoio passaria para o Ministério das Finanças. O que significa que Economia ficaria a tutelar Iapmei e Turismo de Portugal, sem fundos.

Estes são os três cenários bases, derivando deles dois outros cenários, prevendo-se a criação de um Gabinete de Investimento Privado, para grandes investimentos nacionais ou estrangeiros, à semelhança da extinta API. O GPI ficaria dependente do primeiro-ministro.

"A nossa visão unânime é que o processo implica liderança clara do Chefe do Governo", salientou Braga de Macedo.


in: jornaldenegocios.pt



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Destaque de hoje neste blog 19/09/2011

Portugal quer ligação a Espanha por teleférico

Ligar o sul do país a Espanha, por cima do Guadiana, com um teleférico. A ideia parece ter cabos para andar e pode vir a contar com o apoio da União Europeia.
Projeto do teleférico deverá rondar os dois milhões de euros




A ideia surgiu do lado português, mais concretamente da Câmara Municipal de Alcoutim. Francisco Amaral, médico e presidente da autarquia, há muito que reivindica uma ponte que ligue o seu concelho ao outro lado e já quase perdeu a esperança no projeto.
Mas agora, ainda que com fins meramente turísticos, surgiu uma ideia que poderá servir de vitamina para revitalizar o concelho mais desertificado de Portugal. "A ideia surgiu-nos em conversa e depois falámos com o alcaide de Sanlúcar, que é uma povoação pequena e ele aderiu. Depois, colocámos o assunto à discussão na Associação Transfronteiriça Alcoutim-Sanlucar e é daí que teremos de partir", explica ao Expresso Francisco Amaral.
O projeto, que rondará os dois milhões de euros, prevê ligar em 2014 Alcoutim, no nordeste algarvio, a Sanlúcar de Guadiana do outro lado do rio e poderá ser financiado até 80% por fundos comunitários, ao abrigo de uma dotação para a cooperação transfronteiriça.
Os restantes 400 mil euros terão de ser repartidos por igual entre as autarquias de Alcoutim e de Sanlúcar (através da Diputación de Huelva).
Para já, a sonhar com a candidatura aos fundos, a autarquia portuguesa consultou uma empresa nacional, responsável pelo projeto do teleférico do Funchal, para poder orçar o investimento. Inicialmente, a ideia é que do lado português o embarque possa ser feito em pleno castelo de Alcoutim, mas o autarca antevê dificuldades por parte do IGESPAR, instituto que gere o património e por isso estão já em cima da mesa três localizações alternativas.
De um lado ao outro, a ligação de 200 metros é feita atualmente por um pequeno barco, caso contrário o trajeto envolve nada menos que 80 quilómetros de automóvel, descendo até Vila Real de Santo António, atravessando a Ponte Internacional do Guadiana e subindo até Sanlúcar de Guadiana.
Com o teleférico, a viagem poderá demorar cerca de 5 minutos para percorrer cerca de 400 metros, se contarmos com o espaço em terra até chegar aos terminais.
Investidores privados, procuram-se!
O autarca social-democrata, que no Algarve ficou famoso por dar consultas de graça aos idosos, contrariando indicações superiores e já muito depois de ter ganho a Câmara ao PS (Amaral está no terceiro mandato) acredita que o projeto poderá atrair mais turistas a um concelho votado ao abandono, a uma agricultura de subsistência e a alguns projetos turísticos perdidos no meio da desertificação.
"Tínhamos um projecto de 200 milhões de euros de uns investidores espanhóis, que até eram representados pelo professor Ernâni Lopes, portanto era uma coisa séria, para fazer um golfe e um hotel. Pois a burocracia, o ICNB (Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade) e as CCDR's (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional) conseguiram fazer com que após vários anos à espera, se fossem embora para a Roménia!", desespera.   
Neste caso, do teleférico, Amaral espera que alguém acredite e 'voe' junto com os dois municípios, senão agora pelo menos a posteriori.
"Nós não temos vocação para a exploração de um projeto deste género, nem sequer temos uma empresa municipal à semelhança do que outros fizeram, por isso se houver privados interessados na exploração teremos todo o interesse em concessionar. Se alguém quiser embarcar nisto, ótimo!", instiga o presidente de Câmara.
Por essa altura, meio caminho já estará andado, até porque a candidatura obriga à feitura de um estudo de viabilidade financeira para o projeto transfronteiriço em que Amaral aposta com todas as fichas.

Sem teleférico pode optar-se pelo slide Espanha-Portugal

"O futuro do Algarve passa pelo interior, isto foge à cultura típica do sol, das praias e das discotecas e aqui existe qualidade de vida", promove. Assim o sentem muitos dos turistas e até reformados que optaram por Alcoutim para segunda habitação. E se o teleférico deixar de ser uma miragem, pode ser que o deserto atravessado pelo Guadiana se torne lentamente num pequeno oásis, do lado de cá e além-fronteira.
Para turistas radicais, e enquanto se espera pelo teleférico internacional do Guadiana - a obra poderá ter início ainda em 2013 -, Amaral deixa uma sugestão real que 'puxa' pela adrenalina.
"Existe um inglês que investiu agora 60 mil euros para passar um cabo de slide a partir de um monte do lado espanhol e nós cedemos-lhe um terreno para que as pessoas aterrem aqui, e isso vai estar pronto muito em breve", diz.
Mas nesse caso não há bilhete de ida e volta, só serve para importar turistas a partir de Espanha. E se quiserem voltar, que vão de barco.


in: aeiou.expresso.pt

sábado, 17 de setembro de 2011

Destaque de hoje neste blog 17/09/2011

Aqui não se mostram só golfinhos, investiga-se
por SÓNIA SIMÕES - 11 Setembro 2011
Um biólogo marinho aliou a investigação das espécies a ofertas de interesse turístico. O negócio chama-se Ecoceanus e vai ser expandido para Cabo Verde.

Já a bordo, Daniel Machado pergunta a todos os clientes se sabem nadar, faz advertências de segurança e remata: "Sempre que tiverem fome, podem ir à cozinha comer ou beber." A familiaridade é meio caminho andado para o sucesso de um passeio marítimo que se prolongará por sete horas. A ideia não é apenas ver golfinhos - entre as espécies marinhas avistadas no canhão de Portimão há baleias, atuns, peixes lua e, até, tubarões. Ainda há tempo para um mergulho. Só é preciso que a meteorologia ajude.
A ideia de criar uma empresa de ciência e ecoturismo nasceu durante o estágio do engenheiro marinho Daniel Machado, 32 anos. Na altura integrava o Grupo de Investigação Pesqueira Costeira do Centro de Ciências do Mar, da Universidade do Algarve, em projectos vários de ecologia e conservação de habitats costeiros e estuarinos. "Comecei a pensar que a investigação científica podia gerar produtos interessantes", recorda.
O pai acabara de comprar um catamarã para passear quando Daniel lhe propôs um contrato, no qual ambos podiam usufruir da embarcação. Ele usaria o veleiro catamarã para fins empresariais. À empresa chamou Ecoceanus, à embarcação Oceanus. E é aqui que, a cerca de 10 milhas das costa, revela o seu espírito empreendedor.
Dependente de condições climáticas, o empresário e biólogo optou por criar vários pacotes, desde os passeios turísticos aos cursos e à investigação. Verão significa sol e mar, mas o vento nem sempre ajuda. "Há dias em que é possível avistar tubarões azuis", explica a caminho do canhão - um vale aquático a 12 milhas de Portimão com um vasto e rico ecossistema. Em todas as viagens faz questão de mostrar aos turistas as imagens das espécies marinhas que poderão ser avistadas, dando conta das suas cores, dimensão e sociabilidade.
Os passeios têm duração, objectivos e preços diferentes. Há serviços de 40 euros, como há de 130. A maior parte inclui refeição: salada de frango, atum ou vegetariana. E para as crianças, além de preços mais mais baixos, há a possibilidade de se ser "biólogo marinho por um dia". A ideia é que as crianças comecem a conhecer as espécies marinhas e a familiarizar-se com os diferentes ecossistemas.

in: dn.pt

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Destaque de hoje neste blog 15/09/2011


Turismo brasileiro é o que mais cresce em Portugal
Dormidas de brasileiros nos estabelecimentos hoteleiros portugueses subiram 32,5% em julho, suplantando o crescimento da procura dos turistas britânicos e espanhóis.
Jorge Horta
Lisboa - O Brasil continua a ser um dos principais emissores de turistas para Portugal e no mês de julho foi mesmo o mercado emissor que mais cresceu, registando um aumento de 32,5% do número de dormidas face a julho do ano passado, de acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

"Do total de dormidas de não residentes, cerca de 75% tiveram origem nos oito principais mercados emissores, que continuam a revelar um desempenho fortemente positivo, com crescimentos liderados pelos mercados brasileiro (+32,5%), britânico (+20,8%) e espanhol (+18,1%)", revelou o INE.

Em julho o número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros portugueses cresceu 10% em termos homólogos, para 5,05 milhões, sendo que as dormidas de turistas portugueses subiram apenas 1,9%, enquanto as de estrangeiros aumentaram 14,7%. No mês em análise os proveitos totais da hotelaria portuguesa subiram 11,1%, para 240,8 milhões de euros.

Já no total acumulado desde o início do ano o turismo em Portugal soma 22,1 milhões de dormidas, com um aumento de 8,9%, e as receitas totais ascendem a 1.040 milhões de euros, mais 7,5% que nos primeiros sete meses do ano passado.

Segundo o INE, os hotéis e os hotéis-apartamentos apresentaram os maiores aumentos no número de dormidas relativamente ao período homólogo e para estes resultados contribuíram todas as categorias, com destaque para as unidades de cinco e quatro estrelas, que decorrem igualmente do aumento da oferta.

A distribuição regional do total de dormidas, em comparação com o mês homólogo, revela acréscimos em todas as regiões, com destaque para a Madeira (+19,5%) e o Alentejo (+12,3%). O Algarve cresceu 9,5%, enquanto Lisboa e o Centro se fixaram com taxas de crescimento de aproximadamente 8%.

"Para o bom resultado registado na Madeira", diz o INE, "contribuíram particularmente os mercados britânico e alemão que, em conjunto, representam cerca de 50% das dormidas de não residentes e cresceram 20,8%, em comparação com o período homólogo de 2010". Já no Algarve, o principal mercado emissor (o britânico), representa cerca de 40% das dormidas de não residentes na região) e cresceu 19,4%, tendo sido superado apenas pelo crescimento do espanhol (+31,1%, correspondendo a 11,5% do total).

in: portugaldigital.com.br



domingo, 11 de setembro de 2011

Destaque de hoje neste blog - 11/09/2011


Alentejo conquista "Óscar" para Melhor Região de Turismo do país

O Alentejo voltou a conquistar, pelo segundo ano consecutivo, o prémio para a Melhor Região de Turismo Nacional na gala Publituris Portugal Travel Awards, considerados os "Óscares" do turismo nacional, que decorreu sexta-feira à noite em Évora.
Na cerimónia, que se realizou no Hotel M'AR de Ar Muralhas, em pleno centro histórico da cidade, a Região de Turismo do Alentejo, que estava nomeada juntamente com as regiões do Algarve, Açores e Madeira, arrebatou o prémio para a Melhor Região de Turismo Nacional.
Na categoria de Melhor Hotel de Cinco Estrelas, o vencedor foi o Ritz Four Seasons Lisboa, em detrimento do Tivoli Victoria (Vilamoura) e do The Yeatman (Vila Nova de Gaia), enquanto o prémio de Melhor Hotel de Quatro Estrelas foi para o Porto Mare, no Funchal, destronando o Fontana Park Design Hotel Lisboa e o Vila Galé Lagos.
Évora, 10 set (Lusa) 
in: http://sicnoticias.sapo.pt/

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Destaque de hoje neste blog - 09/09/2011

Governo corta nos incentivos ao turismo e revê plano estratégico

09.09.2011 - Por Raquel Almeida Correia 

O Governo decidiu cortar nos incentivos atribuídos ao turismo, através de um programa criado em 2007 pelo anterior executivo.

As candidaturas à linha que apoiava a organização de eventos foram suspensas e os benefícios concedidos aos centros de congressos deverão desaparecer. Também os incentivos à requalificação de infra-estruturas estão em reavaliação.

O Programa de Intervenção do Turismo (PIT), que abrange estas três linhas de apoio, tinha uma dotação de 100 milhões de euros. Desde que foi criado, foram contratados praticamente 50 milhões de euros em incentivos. A maior fatia desta verba (30,4 milhões) foi atribuída a investimento em infra-estruturas, como projectos de requalificação de monumentos e de zonas costeiras, por exemplo.

Não tendo havido candidaturas à linha que apoia a criação de requalificação de centros de congressos, os restantes 20,2 milhões de euros dizem respeito a contratos assinados com promotores de eventos. Só em 2011, já foram concedidos mais de 3,2 milhões para apoiar a organização de 27 projectos deste tipo.

A próxima fase de candidaturas deveria ter começado a 1 de Setembro, mas o Governo suspendeu o processo, por via de um despacho assinado pela secretária de Estado do Turismo. O documento, que data de 30 de Agosto, refere que "entende-se adequado determinar a suspensão do prazo para apresentação de candidaturas (...) até à aprovação do novo regime enquadrador desta linha de apoio".

Fazer mais com menos

Em entrevista ao PÚBLICO, Cecília Meireles explicou que esta decisão foi tomada porque "fazia sentido repensar" esta linha de apoio, já que o Governo pretende "centrar-se nos eventos com maior probabilidade de retorno" e "racionalizar custos".

"Pareceu-me incoerente deixar que fossem apresentadas candidaturas", quando está em revisão o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) - o documento que define as linhas orientadoras para o sector e no qual está abrangido o PIT. A secretária de Estado do Turismo assumiu que a ideia é "ter menos eventos" em Portugal, mas garantir que cumprem um objectivo "estratégico": a promoção externa.

"Nesta altura, e tendo em conta as necessidades de promoção internacional, faz sentido haver uma racionalização", explicou. As candidaturas deverão ser retomadas "em breve", estando a secretaria de Estado a preparar, neste momento, o orçamento para a linha de apoio, acrescentou. Já a revisão do PENT deverá estar concluída "até ao final do ano".

Reavaliação transversal

No entanto, os incentivos à realização de eventos não vão ser os únicos sujeitos a alterações. O PÚBLICO apurou que a linha que apoia a criação de requalificação de centros de congressos deverá desaparecer, uma vez que não terá havido qualquer promotor a candidatar-se desde que foi criada, em Junho de 2010.

E também a linha de apoio destinada à requalificação de infra-estruturas está a ser reequacionada. "É preciso trabalhar com prioridades, sendo que a promoção externa é uma prioridade. Haverá um tempo para olhar para a política de investimento, mas esta questão da promoção, até por uma questão de calendário, deixou-nos pouca margem de manobra e exigiu uma análise muito mais urgente", avançou Cecília Meireles.

O PIT, criado pelo anterior Governo, foi o substituto do antigo Piqtur (Programa de Intervenções para a Qualificação do Turismo), que vigorou até 2007. As candidaturas estão abertas a entidades públicas e privadas, desde que, no caso destas últimas, o Estado exerça uma influência dominante na sua gestão.

in: economia.publico.pt

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Destaque de hoje neste blog - 08/09/2011


Competitividade

Portugal recupera um lugar no ranking mundial

por Margarida Bon de Sousa, Publicado em 08 de Setembro de 2011  |  Actualizado há 9 horas

Só não somos melhores porque estamos em 140.º no mercado laboral


O grande marketing à volta do choque tecnológico feito pelo anterior primeiro-ministro, José Sócrates, fez Portugal subir um lugar no ranking da competitividade, passando do 46.o lugar para o 45.o no estudo anual da WEF World Economic Forum, que este ano analisou 142 países. Em contrapartida, o mercado laboral continua a ser o nosso calcanhar de Aquiles: ficámos na cauda, na 140.o posição.

Em primeiro lugar ficou a Suíça e em segundo Singapura, que ultrapassou a Suécia. Os Estados Unidos perderam a quarta posição para a Finlândia, ocupando agora o quinto lugar, e o Japão caiu três posições, para nono lugar. A descida da competitividade dos Estados Unidos explica-se pela instabilidade macroeconómica e o pior funcionamento das instituições.

Melhor foi a performance conseguida pelo Reino Unido, que entrou no pelotão dos dez melhores, subindo duas posições, enquanto a Alemanha de Merkel recuou um lugar, para o sexto. Entre os melhores encontram-se também os Países Baixos e a Dinamarca.

O estudo deste ano, apresentando ontem nas instalações da AESE (Escola da Direcção e Negócios), revelou outros dados interessantes sobre a evolução da competitividade a nível global.

Enquanto antes havia um grande gap entre os países emergentes e os mais desenvolvidos, agora há uma maior uniformidade entre ricos e pobres, com uma melhoria significativa dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

Ao nível da Europa assistiu-se ao crescimento de um fosso entre os países, com estados a terem uma performance muito elevada e outros, como a Grécia, que desceu para a 90.a posição a nível mundial.

A amostragem utilizada este ano incluiu um vasto inquérito a 14 mil pessoas, com uma série de índices, como as instituições, as infra-estruturas, o ambiente macroeconómico, a saúde e a educação, os estudos universitários e a formação, a eficiência dos mercados de bens transaccionáveis, laboral e financeiro, tecnologias, tamanho do mercado, sofisticação dos negócios e inovação. Em Portugal foram entrevistadas 136 pessoas, 35% das quais através da internet.

Portugal, que vinha a perder competitividade desde 2005, inverteu este ano a tendência. Nalguns aspectos, como infra-estruturas, telemóveis per capita, tecnologias de ponta, experimentação, exportações e acesso à banda larga, estamos mesmo à frente da média dos países da União Europeia.

Betão Onde Portugal marca verdadeiramente pontos é nas infra-estruturas rodoviárias: estamos em quinto lugar. Melhorámos também em termos de educação superior e formação, embora a matemática se mantenha um ponto fraco. Nestas duas áreas ficámos em 35.o lugar, com um score de 4,62 em 7.

Em contrapartida, piorámos nos pontos sobre a qualidade das instituições, o ambiente macroeconómico e o desenvolvimento do mercado financeiro, o que teve principalmente a ver com a disponibilidade de crédito para empresas.

O presidente da AESE, José Ramalho Fontes, um dos oradores da sessão, referiu que as classificações em si mesmas não são assim tão importantes, salientando que o que está em causa é continuarmos a aumentar a competitividade. "E queremos fazê-lo nos próximos anos, pese o facto de poderem ser ainda mais críticos que o que possamos pensar." O responsável pela escola de formação de quadros superiores ligada à Universidade Católica referiu que a competitividade induz produtividade quando existem investimentos bem feitos, com boas taxas de retorno, que levem à prosperidade e ao crescimento da economia. "O factor da inovação tem uma ponderação de 30%, o que é importante", explicou.

A sofisticação dos negócios foi outro dos itens onde Portugal melhorou, embora tenhamos piorado na capacidade de delegação de autoridade e nos fornecimentos internos, quer ao nível da qualidade, quer ao nível da quantidade. A subida de Portugal no ranking depende essencialmente da melhoria das instituições, da redução da despesa pública, da extinção de organismos, da racionalidade das estruturas de gestão, da eficiência da justiça, com maior arbitragem e reorganização do sistema social. Actualmente estamos no segundo pelotão de países, lado a lado com a Irlanda, a Nova Zelândia e o Chile.


In: ionline.pt


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Marketing Pessoal

Aula de "Marketing Pessoal" por Max Gehringer - gestor de empresas e escritor de vários livros sobre sucesso nas carreiras e gestão empresarial. Muito interessante...